Falta Moral e dignidade

Os moradores da Zona Oeste têm reclamado com insistência da falta de carros nas linhas de ônibus 738 – Urucânia x Marechal Hermes; 848 – Campo Grande x Lameirão; 870 – Bangu x Sepetiba; 746 – Jabour x Cascadura; 689 – Méier x Campo Grande, entre outras, sem serem ouvidos.

Esse fato é a prova concreta que as autoridades públicas da cidade do Rio de Janeiro, prefeito, secretários, assessores, vereadores, não respeitam o cidadão carioca, em particular os da Zona Oeste.

O usuário sai de casa para o trabalho, escola, lazer…  e sente vontade de desistir quando fica mais de 40 minutos esperando por um ônibus que nem se quer sabe se ainda existe. Muitos são obrigados a usar as caminhonetes do transporte alternativo, serem transportados como mercadorias de segunda categoria.

A humilhação diante da família, dos vizinhos e de todos quantos possam os estar esperando, está marcando esse cidadão que diz não saber mais como agir, em quem acreditar a quem recorrer.

E pensar que o transporte público é um serviço essencial, obrigatório, previsto na constituição brasileira e que não custa nada em comparação ao volume de impostos pago pelo povo.

Negar tão pouco a quem nada tem é covardia é tortura e chega a beirar a loucura daqueles que tudo tem e acham que ainda precisam de mais.

Mais uma coisa nós sabemos que eles não têm: dignidade, moral.

Os poucos que os compreendem e os aplaudem recebem por isso, são iguais, dependem das migalhas, são os Judas que entregam a eles, em uma bandeja, os votos das suas comunidades.

Jessé Cardoso de Paiva

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Postado em Cartas