PRESO DONO DE ANIMAIS QUE SOFRIAM MAUS-TRATOS E DEGRADAVAM ÁREA DE PRESERVAÇÃO EM BANGU
Uma operação realizada pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) prendeu nesta quinta-feira (13/8) o proprietário de 50 cabras e 19 cavalos que pastavam em área de preservação do Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste do Rio. A blitz ambiental realizada pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da SEA, em parceria com a Polícia Militar Ambiental, o Inea e a Defesa Agropecuária do Estado, flagrou os animais debilitados, com ferimentos, subnutridos e em local insalubre, com muito lixo acumulado.
O proprietário Rogério Araújo da Rocha, de 50 anos, foi detido em flagrante pelos policias militares em área próxima ao parque, onde ficava o curral, sendo encaminhado para a DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente), onde será indiciado pelo crime de maus-tratos a animais (Artigo 32, Lei 9605/98) e terá de pagar multa. O infrator já havia descumprido três notificações do Inea.
Segundo o coordenador da Cicca, coronel José Maurício Padrone, além de ocupar encostas de uma área preservada, os animais pastavam provocando dano ambiental ao destruir mudas de Mata Atlântica plantadas através de programas de reflorestamento realizados na região. Os animais apreendidos foram encaminhados para um curral conveniado do Estado, em Itaboraí, onde receberão cuidados médicos.
O coordenador da Cicca suspeita que os proprietários de animais ateiam fogo na mata, dentro do parque, para o surgimento de pasto, já que os currais se localizam fora do Parque, sem áreas para pastagem.
“Esses proprietários promovem queimadas para a pastagem de seus animais, o que configura crime ambiental. Só na semana passada, foram consumidos cerca de quatro hectares de área reflorestada, o equivalente a três mil mudas de espécies da Mata Atlântica, na face norte do maciço da Pedra Branca, na Serra de Bangu”, explicou Padrone.
Com 12.500 hectares de área, o Parque Estadual da Pedra Branca é considerado a maior reserva florestal em área urbana do mundo, servindo de abrigo a uma rica fauna, composta por pacas, cotia, jacus, tatus e outros animais silvestres. O parque foi criado por lei estadual em 1974, com o objetivo de preservar o patrimônio natural em uma região central do Município do Rio de Janeiro.
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