Diretora da Uezo Rosana da Paz analisa orçamento 2017

*** ORÇAMENTO da UEZO em 2017 ***

A proposta orçamentária da UEZO para 2017 que seria apresentada na reunião extraordinária do Conselho Universitário (CONSU) até 29 de junho teve que ser adiada uma vez que o limite orçamentário liberado pela Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG) para custeio ficou muito abaixo da expectativa. Na intenção de tentar rever o valor, que não nos atenderá ao longo do ano de 2017, o Reitor da UEZO esteve na Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, a fim de buscar reforço para aumento na proposta liberada em sistema pela SEPLAG.

Não é simples o entendimento do orçamento de uma universidade pública. Eu (com ajuda da Conselheira do CONSU, Karla Figueiredo, que por sua vez dirimiu as dúvidas com o Coordenador de Planejamento e Gestão, Alexandre Cesar) por algumas vezes me debrucei sobre a planilha contendo o orçamento tentando entender como é construído. Muitas das explicações da Karla, eram como se estivéssemos conversando em alemão, eram de difícil entendimento. Com o passar do tempo e depois de inúmeras indagações comecei a observar que o orçamento da UEZO está diminuindo. E aí vem a pergunta que não quer calar: como a UEZO crescerá sem recursos?

Os dados foram apresentados via sistema com cortes significativos de limites orçamentários, sem nenhuma informação prévia e sem qualquer negociação. Até a existência de uma área de complementação das necessidades orçamentárias foi desativada.

Na proposta apresentada, a parcela de manutenção geral (L2) foi cortada em 83,45% e o finalístico e projetos (L4 + L5) em 46,90% em relação ao orçamento de 2016 da UEZO. Em números absolutos, isto significa que teremos 4 milhões a menos no orçamento. Para nós isso é muito.

Os cortes impostos vão afetar sobremaneira a ação denominada permanência e desenvolvimento discente (política de cotas e outros auxílios). Afetará também o apoio a ensino, pesquisa, extensão e inovação; os serviços de atividade pública (telefonia e link de internet), despesas entre órgãos (IOERJ e combustível), manutenção e operacionalização.

Fica claro que há uma impossibilidade de conciliar a ampliação da UEZO, especialmente pela via indispensável da inclusão que temos praticado, com restrições orçamentárias crescentes como as que se consolidam. Considerando todo o esforço de ajuste que já fizemos, podemos dizer com clareza que chegamos ao limite. Espero que as conversações com o Governo através do seu líder no parlamento, deputado Albertassi, sejam produtivas porque precisamos sobreviver e dar continuidade a nossa missão em Campo Grande, ou seja, educação pública de qualidade.

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