Telégrafo: uma pedra que não sai de moda

Já percebeu que, a cada ano, os hábitos do Carioca de fazer trilha só aumentam? No circuito das trilhas cariocas, Barra de Guaratiba é um ícone! Por lá não faltam opções: as 5 praias selvagens, pedra da tartaruga, Grumari, Marambaia, e priniciplamente, a famosa Pedra do telégrafo.

vista das praias selvagens
Restinga da marambaia
Visão da Restinga da Marambaia e manguezais da Barra de Guaratiba

Truque da famosa pedra do telégrafo 
O “abismo” tem pouco mais de um metro

A Pedra do Telégrafo está localizada no morro de Guaratiba (ou morro do Telégrafo), dentro do Parque Estadual da Pedra Branca, no setor Praias Selvagens, em Barra de Guaratiba. O ambiente é bem preservado, com bela presença de Mata Atlântica. A trilha, que pertence- ao corredor Trans Carioca, é bem sinalizada, por ação de voluntários.
​Um dos acessos da trilha é nas imediações do Posto do Corpo de Bombeiros, com uma subida consideravelmente íngreme de cerca de 50 minutos. É fundamental que o percurso seja feito de forma moderada, aproveitando a belíssima visão do local! No caminho é possível avistar a toda a Restinga da Marambaia e os belos manguezais da Reserva Biológica de Guaratiba. A cada dezenas de metros, vale a pena parar, respirar o ar puro, se hidratar e aproveitar o belo visual do local.
​ Depois de alguns minutos de subida, o visitante se depara com uma espécie de cerca, apelidada de trava moto. Como o nome diz, parece ter o objetivo de impedir a passagem de motos até o alto da trilha. Para os pedestres, não há nenhum impedimento.
​Continuando o percurso, chega-se ao alto do morro de Guaratiba. É a hora de bater a famosa foto à beira de um suposto precipício! Conseguir a sonhada imagem não é uma tarefa das mais fáceis! Engana-se quem pensa que é questão de coragem! Na verdade, é uma questão de paciência. Nos dias ensolarados, as filas costumam ser gigantescas! Para os que estão no aguardo da “sonhada” foto, vale muito a pena aproveitar o visual do local. Do alto do morro, avista-se as deslumbrantes praias selvagens, a Barra de Tijuca, entre outros encantamentos!

​ Na hora de registrar a tão esperada imagem, existem alguns segredos: a impressão do “aventureiro” a beira de um precipício, é só uma ilusão de ótica! Na verdade, o “assustador abismo” está a menos de de 2 metros do chão. Feitos os devidos truques, a foto é uma belíssima lembrança do local! Para aqueles que gostam de contemplar a natureza, ver o pôr do sol lá do alto é uma oportunidade deslumbrante!

Origem do nome

​ Segundo relatos, durante a Segunda Guerra Mundial, temendo um ataque naval, a Marinha do Brasil, instalou uma base de observação no alto do morro de Guaratiba, pela visão privigeliada do mar que o local possui. Nessa base, existia um telégrafo. Daí a origem no codinome: “morro do telégrafo”. A pedra, tão falada, acabou herdando o apelido do morro. Anteriormente, a pedra já era chamada de pedra da bigorna ou pedra do cavalo (por lembrar um cavalo de saltos olímpicos). A base de observação da Marinha, teria sido instalada em outra pedra, bem próxima dali. Na verdade, a famosa foto, é feita da pedra da bigorna (ou do cavalo) e não na pedra onde o telégrafo havia sido instalado.

Informações importantes

Altiude máxima: 354 metros
Extensão: 1880 metros
Nível de dificuldade da trilha: moderado
Horário de visitação: Não existe restrição de horário
Como chegar: Ônibus 867, saindo de Campo Grande. Também é possível chegar de carro, vindo pela Avenida das Américas (Transoeste) e seguinto até o final da Estrada Robeto Burle Marx
Estrutura: Existem estaciomentos no local, que costumam cobrar cerca de R$ 20 pela diária. Nesses locais também existem banheiros que costuam cobrar R$ 2 por usuário.

Dicas importantes:

– Nunca faça a trilha sozinho, principalmente, se não conhecer bem o percurso.

– Existem, pelo menos, três pontos diferentes de início da trilha, todos são sinalizados com o símbolo da trilha transcarioca. Caso tenha alguma dúvida, não hesite em pedir informações.

– Contratar um Guia local credenciado, é sempre a melhor opção.

– Mesmo o percurso não sendo muito longo, o caminho é íngreme e acidentado. Vai exigir fôlego do visitante.

– Consulte um médico antes para checar seu estado de saúde.

– Leve muita água e procure começar a trilha muito cedo para evitar filas nas fotos e para evitar o sol forte.

– Leve alimentos leves.

– Lembre-se: seu lixo deverá voltar com você.

Por: Luciano Tadeu

 

 

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