Segundo Arraiá do Chumbinho mostrou a Sanfona arretada de Macambira

O Sanfoneiro Macambira esteve no palco da Pizzaria e Churrascaria Chumbinho, no Largo do Rio da Prata, em Campo Grande, na noite da última quinta-feira (15), para animar mais um Arraiá do Chumbinho, e ficou bastante à vontade para falar de si, dos nordestinos e dos cariocas, em especial de Thaís Magalhães, que festejava seu aniversário no local.

Ao som da Zabumba, da Sanfona, do Pandeiro e do Triângulo, Zé Leal, Macambira, Zé Gomes e Giló cantaram a versão caipira do Parabéns pra você para Thais, familiares e convidados.


A aniversariante da noite Thais Magalhães elegeu sua filha Ana Lua sua convidada especial; a coleguinha Isabella também participou ativamente

“A Pizzaria Chumbinho abre as portas pra mim e para os amantes do forró”, destacou Macambira.

 

Ao lembrar seu nome, Macambira, o “Marcos Antônio Soares de Lacerda”, disse que a família Lacerda é única no nordeste, e é muito provável que ele seja parente biológico de Genival Lacerda, porque cultural já é. Nesse momento, ele comenta que chegou ao Rio de Janeiro no ano 2000, e depois de flertar com São Paulo, aportou em Jacarepaguá, até que Zé Gomes, sobrinho de Jackson do Pandeiro, um dos componentes do Grupo Bicho de 5 Cabeças, lhe mostrou o caminho de Bangu e Campo Grande, onde constituiu família e vive até hoje.

Disse ainda, que o carinho que tem pelo Rio de Janeiro se dá pela oportunidade que o carioca lhe deu para continuar à obra do saudoso Luiz Gonzaga, pela hospitalidade, coragem e alegria de uma gente que adotou o forró sem preconceitos e sem o comparar com o samba, permitindo aos nordestinos mostrar sua cultura musical e engrandece-la. E explicou: “Luiz Gonzaga chegou ao Rio de Janeiro aos 19 anos, logo após servir o exército brasileiro, e pode, daqui,  longe de Exu, sua cidade natal, através do forró, mostrar para todo o Brasil o o que era o nordeste e como vivia sua gente. Através de suas composições ele mostrou o Cariri, contou histórias de Petrolina, do sertão, do seu pai Januário, dos pés de serra, dos roçados, do pau de arara, do baião, do xote e do maracatu. O carioca foi quem permitiu que tudo isso acontecesse, que houvesse Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Zé Gomes e eu, Macambira”, disse ele sem perceber que estava sendo fotografado pelo pernambucano, Aloísio da Silva, morador do Rio da Prata, que adiou sua aula de jiu-jítsu para assisti-lo, tomando um bom vinho, exclusivo da Pizzaria e Churrascaria Chumbinho.

” Parei e entrei quando ouvi a Sanfona; me orgulho de ser nordestino, sou mais Luíz Gonzaga que fez tudo o que fez como autodidata, do que Tom Jobim que frequentou as melhores escolas”, polemizou Aloisio.

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