Santa Cruz foi reconhecido como Bairro Imperial

A quatro meses da comemoração do bicentenário da Independência do Brasil, a Câmara Municipal do Rio de Janeio reconheceu, por sua importância histórica e cultural, o Bairro de Santa Cruz como Bairro Imperial. Com uma história pouca conhecida pelos cariocas e turistas que visitam a cidade, Santa Cruz passa a ser o segundo Bairro Imperial do Rio, fazendo companhia ao bairro de São Cristóvão. Com isso, toda divulgação de eventos na região passe a usar a identificação Imperial, além de serem realizadas ações para preservar e divulgar a história do local.

Quando se fala em locais históricos do Rio, é comum pensar em São Cristóvão, no Centro, mas poucos cariocas conhecem a história riquíssima de Santa Cruz, que merece ser lembrada, valorizada e principalmente visitada pelos turistas e por quem gosta de conhecer a história da cidade e do Brasil. Os moradores de Santa Cruz também vão poder conhecer melhor a história do  bairro onde moram.

Entre os principais patrimônios que ficam na região estão, a antiga casa de Veraneio da Família Imperial, o antigo Cais Imperial da Baía de Sepetiba, o complexo arquitetônico da Escola Mixta Dom João, as ruínas da Casa do último Vice-Rei do Brasil, a terceira Sede do Matadouro Imperial, o primeiro gerador de energia elétrica afastado do grande centro urbano, a Vila de Operários do Matadouro Imperial e a Fonte Wallace.

Ideia nasce nas comemorações dos 200 anos da Independência

A ideia não nasceu do nada: uma das criadoras do projeto Descubra Santa Cruz RJ, Andressa Lobo viu nas comemorações dos 200 anos da Independência um gancho para destacar toda a memória do bairro onde nasceu e colocá-lo no mapa turístico do Rio. “Em 2008, quando comemoramos os 200 anos da chegada da família real, o bairro de São Cristóvão recebeu o título de Bairro Imperial. Com isso, ele recebeu melhorias de infraestrutura, conservação e transporte”, explica.

Segundo Andressa, sua experiência como guia também mostrou o potencial do bairro. “Sempre que tinha grupo francês era eu quem levava e as pessoas tinham como referência o palácio pintado por Debret, que na verdade é o palácio de Santa Cruz e não o de Petrópolis. Então quando eles chegavam lá ficavam decepcionados porque não encontravam o que buscavam. Mas as agências não autorizavam que Santa Cruz fosse citada porque não era um roteiro que eles vendiam”, conta.

 

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