Projeto Octo auxilia recuperação de bebês prematuros no Hospital Municipal Rocha Faria

O Brasil está entre os 15 países que são beneficiados pelo Projeto Octo, que usa polvos costurados artesanalmente com crochê, para ajudar na recuperação de prematuros. O Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, é uma das instituições brasileiras que adotaram o Projeto Octo em seu serviço de Neonatologia. Desde março de 2017, cerca de 158 prematuros foram beneficiados. Atualmente, 14 prematuros na Neonatal utilizam os polvinhos.

A iniciativa surgiu na Dinamarca, em 2013, com o objetivo de humanizar o atendimento do recém-nascido, trazendo segurança, tranquilidade e conforto, principalmente no prematuro – o polvo faz mais sucesso que outros brinquedos devido aos tentáculos, que se assemelham ao cordão umbilical.

Os pesquisadores também observaram que esse processo acarreta na diminuição do catabolismo, ou seja, na diminuição do gasto de energia. Ao ficar próximo ao polvo, o bebê tem sensação de segurança, tal como tinha no útero materno. Assim, os batimentos cardíacos tendem a ficar mais regulares, acarretando na melhora da respiração e também em um melhor ganho de peso.

Para evitar contaminação, a lavagem dos polvos é feita pelas mães a cada sete dias. Em seguida, o objeto é levado ao hospital para esterilização. Cada bebê possui dois polvos. Somente a mãe e o bebê podem tocá-lo. O corpo de enfermeiros pode tocá-los, mas devendo utilizar luvas, sempre respeitando as normas e portarias de infecção hospitalar.

A coordenadora do serviço de Neonatologia do Hospital Municipal Rocha Faria e responsável pelo projeto Octo na unidade, Dra. Maria Angélica Svaiter, afirma que o projeto, além de beneficiar os pequenos, também tranquiliza a mãe, melhorando a produção de leite materno.

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