Produtores rurais da Zona Oeste voltam a sonhar com o desenvolvimento sustentável 

O Sindicato dos Produtores Rurais do Município do Rio de Janeiro, fundado em 04 de dezembro de 1932, tem sido uma das esperanças do homem do campo da cidade do Rio de Janeiro, em particular a Zona Oeste, de ver sua produção crescer, prosperar e ser reconhecida como o celeiro da cidade, de grande importância econômica para a região – uma possível Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural seria fundamental para o setor que se vê abandonado, sem políticas públicas que apoiem a produção rural na cidade -.
O último prefeito que tratou da produção rural da cidade foi o então prefeito Luiz Paulo Conde, que ouviu o Sindicato Rural do Município do Rio de Janeiro, localizado em Campo Grande, a quem deu poderes para analisar e propor soluções para a produção rural, resultando no melhor momento do setor, quando as demandas foram quase todas atendidas.
Luiz Paulo Conde, orientado pelo Sindicato, criou o Conselho de Desenvolvimento Rural do Município do Rio de Janeiro. A Secretaria só não foi criada porque ele  não se reelegeu.
Na sequência, os prefeitos não reconheceram a importância do setor rural para a economia e meio ambiente da cidade e a relação com a produção rural não aconteceu – eles preferiram gerar desenvolvimento para outras cidades e estados comprando hortifrutigranjeiros de outros municípios e até estados -.
Atualmente, o vereador Zico da Zona Oeste Raiz, se aproximou do setor e tem tentado recuperar o tempo perdido. Pediu ao prefeito e foi criada a Coordenadoria de Agricultura, Pecuária e Pesca que ainda não tem estrutura para funcionar. Outros políticos também se sensibilizaram com as demandas da classe: O deputado federal Marcelo Calero através de emenda parlamentar liberou quase 1 milhão de reais para a construção do Mercado do Produtor, em Guaratiba, que está com sua obra parada.
Outro parlamentar que apoia as demandas do Produtor Rural Carioca e já declarou que pode liberar verbas para a conclusão da obra do Mercado do Produtor através de emenda, é o deputado federal Eduardo Bandeira de Mello.
No dia 3 de abril desse ano a prefeitura reativou o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural revalidando o mandato dos membros e incluindo novos.
A experiência anterior mostra que sem o apoio da Câmara dos Vereadores e do prefeito o Conselho não obterá êxito. É preciso que o Sindicato dos Produtores Rurais, que fala a língua dos produtores, colabore na criação de  políticas, identifique as demandas e leve para o Conselho. Foi assim que esse Conselho viveu o seu melhor momento no governo Conde, quando aprovou  e executou programas como o Horta Carioca, Coco Verde Anão, Palmito Pupunha e Feira Orgânica, todos em plena atividade.
Ações como a de fornecimento de insumos básicos, aprovação de financiamento para aquisição de máquinas e isenção de IPTU, também partiram das reuniões mensais do Sindicato com os produtores.
Segundo os principais produtores, é preciso que o atual Conselho não perca o foco e ouça o que os produtores rurais, através do seu sindicato e das suas associações, tem a dizer.
Os diversos perfis de membros do atual conselho tendem a discutir questões que não atendem diretamente os objetivos que é produzir políticas públicas para a produção rural.
O Conselho, originalmente instalado no gabinete do prefeito – que indica seus membros – já mudou para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Solidário, além de ter membros nomeados que não tem  relação direta com o setor rural, uma ameaça aos principais objetivos do Conselho que é: elaborar o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural do Rio, estabelecer as diretrizes e metas necessárias às ações do poder executivo municipal levando em conta a produção, a comercialização, o fomento, a assistência técnica e no apoio aos produtores.
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