Música boa, comida, bebida e peregrinação no Arraiá do Bar e Pizzaria do Chumbinho

A noite da quinta-feira (21/7), no Bar e Pizzaria Chumbinho, no Largo do Rio da Prata, em Campo Grande, foi curta para o grande público e artistas que participaram da versão 2022 do Arraiá do Chumbinho, apresentado pelo Grupo Bicho de 5 Cabeças. Quem foi teve a oportunidade de recordar o Conjunto Gemini 7 na pessoa de Ronaldo que cantou versões de clássicos internacionais, parte do repertório da banda que animou as madrugadas dos anos 70 na Zona Oeste. Quem saiu mais cedo deixou de assistir Kate Severo, Gisele Mascarenhas e Erick Price, entre outros. Os mais pacientes ficaram para conferir se Cláudio Motta daria aquela tradicional canja e puderam curtir Pedro Gomes e Alexandre Mariz, que trouxe sucessos de Belchior.

Cláudio Motta é uma joia rara lapidada na Zona Oeste. Suas composições, mesmo sem a praia de Copacabana e seus personagens, devem muito pouco ou nada aqueles que se consagraram compondo a “carioquice”, um dos símbolos da cultura brasileira. Sua obra é reconhecida nos principais palcos da cidade e álbuns na mídia digital. Nessa noite, numa conversa rápida na mesa de Priscila Sabadine, ele lembrou seus momentos com Rita Lee que admira suas canções; a música Mapa do Rio, gravada com Jardes Macalé; o sucesso das suas Bandas “Bambo de Bambu” e  “A Banda ou Nada”.

A última composição de Cláudio Motta foi “Vereda”, inspirada na obra de Guimarães Rosa, ícone da literatura brasileira. A mais interessante foi “Suzete Coquete” que, sem querer, “despiu” uma amiga, Lurdinha, segundo ela. A próxima obra será o disco “Breve” que está sendo feito para Carol Assad.

Na mesa ao lado, a contabilista Cláudia e o esposo Franz recebem um casal amigo, Luiz Otávio e Maria Emilia. A admiração pela música tocada no Bar e Pizzaria Chumbinho faz do local seu ponto de encontro após a missa da quintas na igreja ao lado. Isso explica sua amizade com Maria Emília que aprendeu com ela a arte de “peregrinar”. “Franz também se rendeu aos prazeres da peregrinação”, conta Cláudia que está propondo ao Rio da Prata comer, beber, ouvir uma boa música e peregrinar.

“Já levei eles para trilhar o Caminho do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o desafio agora é fazer o caminho religioso da Estrada Real que liga o Santuário Estadual Nossa Sra da Piedade, em Caeté- MG – ao Santuário Nacional de Nossa Sra Aparecida, em Aparecida do Norte, em São Paulo, uma versão doméstica do Caminho de Santiago de Compostela”, concluiu Cláudia..

Postado em _Slider, Cultura