Moradores da Zona Oeste criam redes de solidariedade contra o coronavírus

Redes de solidariedade têm se espalhado por diversos bairros da Zona Oeste no intuito de salvar vidas no enfrentamento ao novo coronavírus. Por conta das novas medidas de proteção divulgadas pelo Governo do Estado, crescem as ações individuais e coletivas de combate à disseminação do vírus.

Em condomínios e nas redes sociais a conscientização é para proteger idosos com doenças crônicas, grupo com maior risco de sofrer complicações de saúde se contrair o Covid-19.

Em Bangu, vizinhos tem ajudado uns aos outros nas compras de supermercado ou farmácias. Maria Elizeth dos Santos, de 58 anos, se colocou à disposição de um casal de aposentados que mora ao lado.

– Eles fizeram uma lista e comprei itens que estavam faltando como carne e frutas. Fui ao mercado rápido porque a orientação é ficar em casa. Tenho vistos outras iniciativas pela televisão e acho muito bacana – disse a moradora.

Beneficiada pela ação da vizinha, Maria da Glória Figueiredo Cardoso, 69, espera que a rede solidária que tem se formado se multiplique ainda mais.

– Muito nobre a atitude da minha vizinha. Que outras pessoas também tenham esse cuidado. Já que eu e meu marido não temos filhos morando perto precisamos deste tipo de auxílio – disse.

Outras ações individuais têm ajudado idosos.

– Minha vizinha compra leite, açúcar, água, entre outros alimentos para mim. Como não faço comida, peço também para entregarem quentinhas aqui no meu endereço – contou a idosa Maria Luiza Pacheco, de 88 anos, que mora sozinha.

– A professora universitária, Valéria de Queiroz Paginin, moradora de um condomínio com 8 blocos, que totalizam 318 apartamentos, na cidade de Niterói, está participando de um grupo de WhatsApp que reúne pessoas dispostas a ajudar.

“Fizemos um levantamento para mapear os idosos e pessoas com doenças crônicas no condomínio. Há moradores comerciantes que também estão ajudando com o fornecimento de comida. Também vamos reduzir o número de funcionários trabalhando para que eles possam ficar em casa e evitar o contágio. Queremos ajudar as autoridades no que for preciso”, afirmou.

“Se tiver algum idoso sozinho em casa vamos oferecer ajuda. Se tiver alguém também que possa ligar para este idosos que moram sozinhos para saber se estão bem, para saber como foi o dia será válido. Não é só o vírus que é contagioso, solidariedade também é contagiosa e podemos despertar o melhor das pessoas quando agimos desta forma” diz.

– No prédio da servidora pública federal do Judiciário, Laura Peixoto, que mora em Copacabana, o cartaz colocado no espelho do elevador diz: “Querido vizinho, se você tem mais de 60 anos ou problemas crônicos de saúde não saia de casa. Se precisar algo peça ajuda!”

A ação solidária surgiu quando Laura percebeu que haviam muitos idosos em seu prédio que continuavam circulando para comprar alimentos ou mesmo remédios nos estabelecimentos comerciais mais próximos.

– Vi na Internet iniciativa como esta e achei interessante. Por estar trabalhando remotamente posso ser útil a outras pessoas – contou ela, que também forneceu álcool em gel aos porteiros que entram em contato diariamente com pessoas e encomendas entregues pelo Correio.

Faça a sua parte!

 

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