Dílson Pereira: o Jóquei do Parque São Luiz

Dílson Pereira morador da Trindade Santa – Rua Justiniano de Carvalho, Parque São Luiz – desde o ano de 1932, completará este ano 85 anos de idade, gozando de plena saúde e com muita história pra contar.

Homem de “poucas letras” ele estudou na única escola de então, a Almirante Saldanha, onde completou o ensino primário.

Funcionário público da Comlurb e mais tarde da Secretária Estadual de Fazenda, ele conta que construiu uma carreira paralela, junto com seu pai, quando conciliou o tempo de funcionário público com o de criador de gado na chácara onde hoje está o campo do Diana Atlético Clube.

Dílson se transformou no leiteiro do bairro e forneceu carne fresca para muitos churrascos até se aposentar. Por isso, fez muitos amigos e ficou conhecido. Hoje, ele se dedica à família composta por quatro irmãos (de doze), filhos, sobrinhos, netos e bisnetos.

Dílson faz da Praça do Dançarino, entre as ruas Pina Rangel e Pedro Leão Veloso, no bairro Santo Antônio, seu porto seguro. Dalí, todos os dias ele curte seu bairro e lembra-se do passado conversando com os amigos e as crianças.

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Respondendo a nossa reportagem sobre outro tema, ele se estendeu na resposta e mostrou ser um personagem do Parque São Luiz, o que nos motivou a contar um pouco de sua história. Surpreso, ele não ficou muito à vontade, mas nos contou com paciência sua trajetória de vida e selecionou contar como ele se divertia há setenta anos: “Naquela época a falta de opções nos obrigava a usar a criatividade e inventar nossas próprias brincadeiras; e era tudo muito natural. Eu fiz parte de um grupo que lidava com animais e organizava corridas de cavalos. Nosso Hipódromo era a Estrada do Mendanha, em Campo Grande, e a Rua do Governo, em Realengo. Vinham jóqueis até de Nova Iguaçu para disputar as corridas de cavalos improvisadas; o povo se amontoava para assistir, eram belas tardes de lazer”, lembrou seu Dílson.

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