UEZO poderá criar subsidiária para tratar resíduos hospitalares em Campo Grande

 

O Centro Setorial de Ciências Biológicas e da Saúde, organismo da Uezo – Universidade Estadual da Zona Oeste –, após um rigoroso estudo da viabilidade técnica, econômica, financeira e de segurança ambiental, aprovou o projeto “Descarte de Resíduo gratuito em Universidade Pública”, apresentado pelo Professor, Dr. Leandro Medeiros Motta – professor de Controle e Garantia de Qualidade de Medicamentos da Faculdade de Farmácia (UFar) da Universidade Estadual da Zona Oeste – UEZO; coordenador do curso de pós graduação em Tecnologia Industrial Farmacêutica (TIF-UEZO); ex- oficial Farmacêutico Industrial e supervisor do setor de Controle Ambiental do Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx) -,  que propõe a construção de um incinerador de lixo hospitalar nas dependências da Uezo, através de uma empresa subsidiária, para coleta, processamento e destino final do lixo hospitalar gerado pelos hospitais e laboratórios públicos da Zona Oeste e do Rio de Janeiro.

O projeto tem como escopo contribuir para que o descarte dos resíduos hospitalares produzidos na Zona Oeste passe a ser feito de forma adequada e gratuita, através da UEZO, para os hospitais que estão atendendo as vitimas do covid-19, com o objetivo de aperfeiçoar o investimento público e fazer zerar os gastos com o descarte de resíduos nos hospitais públicos, revertendo-os para demandas relacionadas a salvar a vida dos pacientes.

Leandro Motta justifica que um hospital público gasta com empresas privadas pela execução desse serviço quase o equivalente a R$ 4.000.000,00 por ano, e com a implantação desse projeto, tal valor poderia ser revertido às demandas da Pandemia.

O professor Leandro Motta explicou que para facilitar no combate aos reflexos  negativos da pandemia na saúde da Zona Oeste, pode-se criar na UEZO uma unidade Integrada de Tratamento e Destinação Final de Resíduos (UTD), que terá como principal integrante uma empresa subsidiária com o objetivo incinerar de forma correta os resíduos coletados e recebidos, evitando com isso a poluição ao meio ambiental e danos  à saúde pública. Também pode-se criar um aplicativo de celular para que os hospitais possam marcar a retirada de seus resíduos por meio de um agendamento, informando o dia, horário e a quantidade em peso do material que será coletado, que concomitantemente a isso, cadastrará motoristas com veículos autônomos para o transporte dos resíduos até o local de incineração. A coleta das cinzas resultantes do tratamento acontecerá mediante a uma parceira com a COMLURB que deverá se encarregar de levar as cinzas para um aterro sanitário licenciado. O equipamento terá capacidade para incinerar resíduos de serviços de saúde classificados como hospitalares, bacteriológicos, laboratoriais, farmacêuticos, odontológicos, assim como materiais infectantes produzidos no combate ao covid-19.

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“Inicialmente o projeto pode ser implantado com recursos financeiros  do estado, porém, depois de instalado, poderá gerar renda com incinerações de resíduos de farmácias locais e hospitais particulares próximos da UEZO que irão pagar pela incineração, e possibilitar a continuação do serviço gratuito fornecido para os hospitais públicos”, completou Leandro Motta.

A criação de uma Subsidiária da Uezo para gerir o projeto impactaria direta e indiretamente na criação de emprego e renda na região. Na fase inicial aproximadamente 20 vagas diretas estariam sendo aberta. Um número consideravelmente grande de motoristas autônomos atuando no transporte dos resíduos, aponta para o potencial de vagas indiretas a serem abertas com a ampliação dos serviços de incineração para hospitais privados e drogarias da Zona Oeste. Significaria ainda, uma economia anual de aproximadamente 17.072.330,00, considerando que o custo anual do projeto é de 338,170,00 e o valor anual pago pelos hospitais públicos, Upa´s do Rio de Janeiro e as Clinica da Família da Zona Oeste é de 17.410.500,00.

Por outro lado esse projeto mostra a verdadeira função da Uezo que através dos seus professores doutores está cumprindo o seu papel de pensar e desenvolver a região através da pesquisa e da inovação, no caso desse projeto, uma inovação de processo motivada pelo avanço do contágio pelo Covid-19. Outra inovação, desta vez de produto, será a fabricação de cimento com as cinzas dos resíduos, lembrando que uma pesquisa leva à outra e disso se alimenta a Academia.

Diante do aumento exponencial dos resíduos hospitalares devido ao crescente uso de material descartável em função da pandemia, e na expectativa de ver a Uezo cumprindo seu papel, o professor Leandro Motta espera contar com o apoio das autoridades públicas do legislativo e do executivo, estadual e federal, para ver em andamento as quatro fases do projeto, a saber: a criação da empresa subsidiária da Uezo, a instalação do incinerador, o cadastramento de hospitais públicos para incineração gratuita e a disponibilização do serviço pago para hospitais, drogarias e laboratórios de análises clínicas da rede privada, tudo isso num prazo de três meses.