UEZO DEBATE DEMANDAS DA INSTITUIÇÃO NA ALERJ

A Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) expôs as principais demandas da instituição nesta terça-feira (02/04) durante audiência pública com a Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), presidida pelo deputado Waldeck Carneiro (PT). Segundo os docentes, a Fundação luta desde 2005, ano em que foi inaugurada, para ser reconhecida como universidade. Atualmente a instituição tem nove cursos de graduação (dois tecnológicos, sete bacharelados e três programas de pós graduação), mas sempre funcionou em um espaço provisório. A Uezo, que atende cerca de dois mil alunos, está localizada no bairro de Campo Grande e utiliza parte do campus do Instituto de Educação Sarah Kubitschek, voltado para estudantes do ensino médio.
Segundo a reitora da Uezo, Maria Cristina de Assis, além da falta de sede própria e da precariedade de funcionamento no campus provisório, os profissionais ainda enfrentam a falta da progressão docente prevista na Lei 5380/09. Ela afirmou que tanto os professores assim como o corpo técnico do centro universitário estão com os mesmos salários há dez anos. “Essas questões apresentadas nesta audiência pública dependem exclusivamente do governo do estado para serem solucionadas. É preciso que haja um trabalho do Conselho Estadual de Educação junto ao governo para que a gente possa ter os credenciamentos dos nossos cursos efetivados. Nós estamos sendo penalizados porque o governo do estado não nos atende”, afirmou a reitora.
A subsecretária estadual de Ensino Superior, Pesquisa e Inovação, Maria Isabel de Castro Souza, disse que é fundamental que a Uezo passe por melhorias estruturais porque a instituição tem o papel de desenvolver os setores econômico e social da área em que está instalada. “O impacto da Uezo em Campo Grande é muito importante graças ao progresso de ações pedagógicas na área de tecnologia e de ensino profissional para a região que é um distrito industrial”, afirmou a subsecretária.
O deputado Waldeck Carneiro marcou uma visita à sede da Uezo para ver de perto os problemas estruturais do local no dia 26 de abril, além de uma reunião técnica de trabalho com a secretaria estadual de Ensino Superior, Pesquisa e Inovação para discutir o plano de cargos dos profissionais, entre outros assuntos. Mas, de acordo com o parlamentar, o mais importante no momento é a definição de quando vai começar o repasse orçamentário mensal do Tesouro Estadual em forma de duodécimos às universidades estaduais, garantido através de votação de Emenda Constitucional na Alerj em 2017. “As universidades precisam ter autonomia, fixada na Constituição, para enfrentar despesas de custeios, como limpeza, manutenção e vigilância. Não é a vontade de uma comissão, não é desejo de um deputado ou de um reitor. É um mandado constitucional que ainda não está sendo observado” , concluiu Waldeck que já realizou outras duas audiências públicas desde o início da legislatura para discutir problemas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que como a Uezo, não foram contempladas com o repasse financeiro.
Além de alunos, docentes e integrantes do corpo técnico do centro universitário, participaram da audiência pública os deputados Renan Ferreirinha (PSB), Chicão Bulhões (NOVO), Max Lemos (MDB), Flávio Serafini e Dani Monteiro (PSOL).

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