Norma Veríssimo: 3ª colocada no I Concurso de Poesia do Projeto Mais Cidade

Criatividade, originalidade e coerência foram alguns dos critérios utilizados pela banca de avaliação do I Concurso de Poesia do Projeto Mais Cidade, da Secretaria Municipal do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, que na categoria Texto, deu o terceiro lugar para a moradora de Campo Grande Norma Veríssimo da Silveira, de 63 anos. Na categoria Vídeo não houve vencedores da Zona Oeste. Norma será premiada com uma medalha e um par de convites para a Roda Gigante Rio Star. A banca examinadora que inexplicavelmente não teve representante da Zona Oeste, terra de grande escritores, foi formada por: Paul, da Casa Rio; Ronald, da Roda Gigante Rio Star; Pizarro, Artista Plástico e Educador; Renata Costa, da Secretaria Municipal e Cultura; Pompéa, do Programa CCBB Educativo; Rhoana, do Museu do Amanhã; Rafaela, do Coeficiente Artístico; Luna, do Projeto Versos e Vozes; Bárbara Lima, do Teatro Municipal; Cristiane, do Senai Cetiqt; Gledson, da Fundação Planetário; e Sandra Marques, representando o COMDEPI. Além, do Projeto Senhoras do Calendário e o Gastromotiva.

Conheça a poesia vencedora “Ontem eu tinha vinte anos…” de Norma Veríssimo
Ontem, eu tinha vinte anos…
Hoje, eu tenho sessenta.
Meio século e uma década, como diz a minha filha Tati.
Mas não dormi com vinte e acordei com sessenta.
Quarenta anos… parece tanto tempo, antes de ser vivido.
Depois que passa…
Prá onde foi, o que eu fiz, o que não fiz, o que gostaria de ter feito?
Vem a perplexidade, a incredulidade:
Quarenta anos passaram! E tão pouco foi vivido, sentido,
experimentado…
Parece que foi tão pouco tempo prá fazer tudo o que queria, o que
sonhava…
Mas, o que são sessenta anos?
Se comparado a oitenta, ainda são vinte…
Não sei dos oitenta, como não sabia dos sessenta.
Vêm o entusiasmo, a credulidade!
Tanto a viver, a sentir, a experimentar, a amar…
É tempo de fazer tudo o que quero, ou pelo menos,
coragem de desejar fazer, de sonhar, de tentar.
Sempre vou ter tempo prá sonhar!
E sonhos não obedecem cronologias.
Não sou uma mulher de sessenta anos (apenas).
Sou a jovem de vinte anos e a menina de dez…
Sou atemporal!
Como o meu pai …

 

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