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MPRJ realiza operação contra organização criminosa que comercializa terrenos clandestinos em Campo Grande
As investigações, conduzidas pelo GAECO/MPRJ, demonstraram que o grupo, que mantém conexão com organizações milicianas atuantes na região, construiu, sem qualquer autorização do poder público, quatro condomínios localizados em lotes clandestinos no bairro de Campo Grande: “Vivendas da Serra”, “Chácaras do Mendanha”, “Vivendas do Mendanha” e “Grand Park”, totalizando quase R$ 6 milhões em vendas ilegais.
Para erguer os quatro empreendimentos ilegais, a organização praticou crimes ambientais, tais como, supressão vegetal, inclusive vegetação de Mata Atlântica, corte de encostas, movimentação irregular de solo, terraplanagem e intervenção em Áreas de Preservação Permanente (APPs), com alteração, soterramento e até represamento de curso hídrico. Os crimes foram praticados para que se viabilizassem os cortes dos terrenos, necessários às obras do loteamento, e a abertura de vias internas.
Para atrair interessados e compradores, os anúncios dos lotes eram publicados em redes sociais e outras ferramentas de internet, e os locais contavam com a presença de corretores. Os denunciados Fabio Roberto de Oliveira de Alencar e Carlos Alberto da Souza Cruz, que tiveram a prisão preventiva decretada, lideram a organização criminosa, como financiadores das atividades ilegais e tendo pleno domínio das obras realizadas nos locais. Eles também utilizaram as empresas Construindo Alencar e Jessica Empreendimento Imobiliários, que tiveram suas atividades econômicas suspensas, para a realização das obras e dar aparência de legalidade aos empreendimentos. Eles foram denunciados pelo MPRJ à Justiça pelos crimes de organização criminosa, loteamento irregular do solo e crime ambiental.
Já os denunciados Marcio Cesar de Souza Ribeiro, que também teve a prisão preventiva decretada por possuir condenação anterior, e Victor Emanuel Coutinho da Silva Rodrigues, atuavam na negociação dos lotes, se portando como corretores, anunciando a venda e mostrando os locais para possíveis interessados. Eles vão responder por organização criminosa e loteamento irregular do solo.