Movimento denuncia ao Ministério Público gestão do Campo Grande Atlético Clube
Aconteceu ontem na sede do Sindicato dos professores, em Campo Grande, a segunda audiência pública sobre o resgate da ordem social e econômica no Campo Grande Atlético Clube. Sócios, ex-atletas, ex-funcionários e a sociedade em geral lutam pela regularização do poder no clube.
Convidado pelo Movimento União Campograndense o deputado estadual Paulo Ramos vem dirigindo os trabalhos. Como resultado da primeira audiência realizada no dia 08 de dezembro de 2015, o deputado, após receber um abaixo assinado da sociedade local, enviou ao Ministério Público Estadual um documento que denuncia as possíveis irregularidades na administração do clube e pede providências. “Recebi um abaixo assinado que usei para encaminhar ao Ministério Público Estadual um pedido de abertura de inquérito policial para esclarecer fatos relativos as irregularidades administrativas e financeiras na atual gestão do Campo Grande Atlético Clube. No documento ressaltei a dilapidação do patrimônio do clube e as ameaças feitas a sócios opositores ao sistema, por atuais administradores do clube acusados de supostas ligações com milicianos. Agora vamos dar o tempo necessário e voltar ao ministério público, nosso foco é viabilizar um direção legal para o Campo Grande, a direção atual não tem legitimidade”, disse o deputado.
Segundo depoimentos feitos no evento, a Comissão Executiva do Movimento criada na primeira audiência, fez contato com a atual direção do clube e com alguns dos seus parceiros na tentativa de construir acordos que facilitassem a discussão e apontassem saídas honrosas para as partes, entretanto, não obteve êxito e o pouco que foi acordado não foi cumprido. Diante disso, autorizada pela plenária da audiência, a comissão dará suporte a ações que denunciarão ao poder público o exercício irregular das atividades do clube e ao poder judiciário os crimes praticados contra a ordem tributária. A próxima reunião foi marcada para o dia 27 de janeiro de 2016, as 19hs, no Salão Colonial ou na sede da Associação de moradores local.
Foi destaque no evento as seguintes palavras , entre outras:
Nilton do Espírito Santo “Mudaram o número de meu título que era nobre; o movimento está nas mãos de uma pessoa que tem crédito (Paulo Ramos).
Jorge Herrera – Apesar da insistência não consegui encontrar a secretaria do clube aberta; sugiro analisar o documento que regeu a cessão da área ao clube que considerou impenhorabilidade do terreno;
Tereza Nunes – Assessora do Deputado Thiago Pampolha disse que ele está junto com o movimento, que essas obras que chegarão ao clube terão que encontrar um ambiente legal.
Kadinho – Patrocinador do jantar de apoio que apresentou as futuras obras no Estádio Ítalo Delcima, declarou apoio ao movimento e pediu desculpas pela falta de planejamento do jantar, que inibiu falas importantes.
Ademir – O Movimento só permitirá a obra se ela for negociada com uma diretoria legal é que preserve a entidade do Clube e seu patrimônio.
Almir Rangel – Quando vamos invadir o Campo Grande? Alusão a possibilidade de ocupação do Clube discutida no evento.