Joaquina na Ilha de Guaratiba

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, firmou um acordo de cooperação com a ONG Instituto Vida Livre para ampliar a infraestrutura de suporte para acolhimento, reabilitação e soltura de animais silvestres resgatados na cidade. Com isso, a Patrulha Ambiental poderá aumentar o número de operações de 2 mil para 3 mil animais resgatados por ano.

Pelo acordo, acertado na segunda-feira, 29/06, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente ganha mais uma opção de base para acolhimento de animais resgatados que necessitem de cuidados veterinários. Até aqui, a Patrulha Ambiental só dispunha do CRAS – Centro de Recuperação de Animais Silvestres, da Universidade Estácio de Sá, em Vargem Grande, para o atendimento de animais feridos.

O Instituto Vida Livre traz para esta parceria, além de sua sede no Jardim Botânico, Zona Sul da Cidade, mais sete áreas de solturas incluindo a do Pão de Açúcar, no Monumento Natural do Pão de Açúcar e Morro da Urca, e a da Reserva do Guará, na Ilha de Guaratiba, próximo ao Parque Estadual da Pedra Branca.

Na visita que fez nesta segunda-feira à Reserva do Guará, para celebrar o acordo com a ONG Vida Livre, o secretário de Meio Ambiente da Cidade, Bernardo Egas, aproveitou para introduzir Joaquina, a corujinha-do-mato que quase morreu atropelada na Ilha do Governador, em um viveiro na Reserva de Guará. Resgatada pela Patrulha Ambiental, a coruja foi recuperada pela equipe da ONG e está pronta para voltar à vida livre na natureza. Durante a visita, foram soltos uma araçari-poca, da família dos tucanos, um gambá e um periquito-maracanã.

– Essa parceria vai permitir a ampliação da nossa capacidade de tratamento de animais silvestres, sempre com o foco em devolvê-los à natureza com saúde, afirmou Bernardo Egas.

O criador do Instituto Vida Livre, Roched Seba, comemorou o acordo com a Secretaria de Meio Ambiente ressaltando a linha de atuação da ONG.

– O Instituto Vida Livre é uma organização não governamental que trabalha na reabilitação e soltura de animais silvestres em situação de risco no Rio de Janeiro. O acordo de cooperação técnica junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro é uma iniciativa que busca ampliar a capacidade de trabalho das duas instituições, afirmou Roched Seba.

Vida Livre

O Instituto, que nasceu como conceito no universo acadêmico da engenharia de produção na Coppe-UFRJ, em apenas 5 anos de trabalho conseguiu atender a mais de 9 mil animais. O trabalho é feito a partir das Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS) que são serviços que incluem plano de manejo, gestão, acompanhamento veterinário, exames, e monitoramento pós-soltura.

– As cidades nascem na floresta e é nosso dever considerar a sobrevivência e o direito de vida e liberdade dos nossos vizinhos, que são os moradores mais antigos do espaço que compartilhamos, justifica Roched Seba.

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