Frederick Vitilio: Vergonha , estou de luto!

EM MEUS QUASE 52 ANOS, PELA PRIMEIRA VEZ ME DEPARO COM UM GOLPE POLÍTICO. ESTOU DE LUTO COMO CIDADÃO E COMO ADVOGADO…

O PT, com a vergonhosa e indecente nomeação a um cargo ministerial de um nacional investigado denominado Lula, com fortes indícios de crimes diversos, dá um golpe de estado do pior tipo, daquele que torna legal o impedimento de julgamento em 1a. instância no foro comum para o privilegiado de um STF com 8 ministros nomeados pelo partido, visando chancelar a impunidade, os atos nefastos, as ilicitudes.

Não, não aceito tal ato subversivo (oposição a normas, autoridades, instituições, leis, perversão de ordem moral), me causa nojo, repulsa, asco!

Me avilta (fui humilhado, rebaixado; desvalorizado), todo meu estudo, toda minha carreira, toda minha vida profissional na crença das instituições, na liberdade, na democracia, na República.

Vozes que foram ligadas a advocacia, que fez juramento (“Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da Justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas”) vem a público defender essa infâmia (desonrado, desacreditado) com naturalidade. Somente uma palavra me vem a cabeça: traição!

Não, não aceitarei. Não, não me curvarei. Não me importa meu tamanho enquanto ínfima engrenagem na máquina judiciária, não me importa minhas limitações enquanto cidadão e profissional se comparado com o sistema reinante, lutarei com todas minhas forças, com todos os meios legais disponíveis contra esse câncer político que destrói um país, que rouba nossas perspectivas, que nos atinge na honra, na moral, no brio.

Sou patriota, advogado, tenho um dever profissional, moral e ético de lutar pelo cumprimento das leis, da dignidade, do direito.

Como um “grão de areia em um deserto que pode incomodar quando entra no olho”, estarei nesta batalha legal, exercendo meu múnus público de forma patriótica, como advogado com dever profissional, moral e ético de lutar pelo cumprimento das leis, da dignidade, do direito.

Não conclamo meus pares á esta luta, pois a consciência moral de cada um é seu norte, mas a inércia e omissão representarão a conivência com este golpe vil, um “tapa virtual” nas crenças dos poderes que alicerçam a República Democrática chamada Brasil.

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