Encerramento da Flizo reúne dramaturgos e roteiristas na Zona Oeste, nos dias 7 e 8 de novembro

A Festa Literária da Zona Oeste (Flizo) nasceu em 2013 do sonho de valorizar o

potencial criativo da região mais populosa do Rio de Janeiro. Em 2014, depois de

realizar a sua abertura na Cidade das Artes, promover um Circuito de Criação Literária

em escolas municipais de Bangu e atividades de formação em projetos culturais na

Vila Aliança e em Jacarepaguá, a FLIZO encerrará sua segunda edição na Arena

Carioca Chacrinha, em Pedra de Guaratiba nos dias 7 e 8 de novembro. Com uma

série de ações como palestras, oficinas e homenagens aos escritores Paulo Lins e

Carolina Maria de Jesus, o evento promete ser uma grande celebração do movimento

da região de se fortalecer como polo cultural e intelectual da cidade.

A Flizo aposta na fertilidade encantadora da leitura para regar um projeto maior de

desenvolvimento intelectual na região. Acreditamos que a população da Zona Oeste

precisa, além de consumir, produzir cultura, e queremos oferecer esse espaço para a

transformação do panorama cultural da cidade”, diz Binho Cultura, criador da Festa

Literária.

Paulo Lins e Carolina Maria de Jesus, os homenageados

O homenageado desta edição é o escritor Paulo Lins, responsável pelo livro “Cidade

de Deus”, que inspirou o premiado filme de Fernando Meirelles, indicado a quatro

Oscars. Autor de livros e poeta, Paulo também trabalha como roteirista e dá luz à

criação literária por trás das câmeras. Dentre as celebrações de sua trajetória artística,

a Flizo também realizou uma mesa de debates sobre sua vida e obra, no dia 13 de

setembro, às 15h, na Cidade das Artes.

Tomando parte na celebração dos 100 anos de nascimento da poetisa e escritora

Carolina Maria de Jesus (1914-1977), sua vida e obra serão revisitadas em um batepapo

na programação de encerramento.

O que já rolou

Evento de abertura na Cidade das Artes

Foram seis mesas de debate sobre temas transversos à literatura e sua criação

invisível, além de bate-papos com escritores e poetas e oficinas de artes. Participaram

do evento o homenageado Paulo Lins, Guti Fraga, Heloisa Buarque de Hollanda, Dj

Malboro, Thalita Rebouças, Dilea Frate, entre outros. (veja a programação completa

no site www.flizo.org)

Oficinas em três escolas de Bangu

O Circuito Flizo esteve em escolas nas três Vilas de Bangu — Aliança, Kennedy e

Vintém —, com um mês de oficinas de criação literária e outras artes, como música,

cinema e teatro, estimulando os alunos a mostrar sua realidade e seu talento, criando

um novo mundo possível por meio das palavras.

Formação Compacta em Projetos Culturais

Uma parceria firmada entre a Flizo e o Sesi Cultural promoveu um curso criado

especialmente para os agentes culturais da região. As aulas foram realizadas no Sesi

Jacarepaguá e deram mais ferramentas para que os projetos já em desenvolvimento

ganhem força argumentativa, organização produtiva e assertividade de planejamento.

www.flizo.org

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Em 2013, a primeira edição da FLIZO

Na primeira edição da Flizo, obtivemos os seguintes resultados: 32 dias de palestras

de mais de 70 escritores renomados ou ainda pouco conhecidos da região e cerca de

40 grupos de música, artes visuais, teatro e dança. Com caráter itinerante, a Festa

Literária foi celebrada em escolas municipais, universidades e polos culturais, como

Cidade das Artes, Espaço Cultural Ser Cidadão e Salão Nobre do Bangu Atlético

Clube. Bairros como Santa Cruz, Sepetiba, Guaratiba, Campo Grande, Senador

Camará, Bangu, Realengo, Padre Miguel, Jacarepaguá e Barra da Tijuca foram

contemplados

As conexões foram tantas, que muitos artistas e agitadores culturais de outras zonas

da cidade, afora toda a imprensa do Rio de Janeiro e mesmo de outros estados,

acabaram dando voz e vez à produção criativa da Zona Oeste. Além de mobilizar 208

artistas (entre escritores, atores e músicos) e 4.690 espectadores-sócios deste novo

processo de celebração cultural da região, a Festa Literária se desdobrou em um

conjunto de ações que ultrapassou as características próprias do evento. A Flizo

tornou-se um ponto de partida para novas possibilidades de participação social.

Queremos fazer uma revolução artística na Zona Oeste”, afirma Binho Cultura

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