Domingo terá eleições na Associação de Moradores do bairro Jabour

A Associação de moradores do bairro Jabour vai realizar eleições no próximo domingo, dia 22, no horário de 9 às 15hs. O eleitor precisará apresentar documento oficial com foto e comprovante de residência.
A expectativa de boa parte dos eleitores é de que o candidato eleito dê sequência ao trabalho realizado por Max Camacho, que ao desbancar os presidentes históricos – Dario, Manoel, Mauricio -, todos representantes de políticos que até hoje nada fizeram de concreto pelo desenvolvimento do bairro, despolitizou a gestão e, no mínimo, acabou com disputas e polêmicas que atrapalhavam o resultado do trabalho.

O presidente Max Camacho não é candidato à reeleição e explica dizendo que teve muitas dificuldades para lidar com o político, que só atende quem é da sua equipe, e mesmo assim, serviços básicos como poda de árvores. Serviços de fiscalização e projetos desenvolvimentistas nem são discutidos.

” O Canal 1746 da prefeitura deveria ser uma das minhas ferramentas de trabalho, mais não é. Ele deixa de atender a mim e aos moradores justamente para termos que pedir favor aos políticos. Mesmo assim, consegui instalar e recuperar equipamentos nas praças, manter atividades como ginástica, futsal, basquete; reformar a sede e instalar uma academia de ginástica no Mangueirão, tudo com um pouco de ajuda da prefeitura e do caixa da associação”, disse o presidente.

Elias das Plantas, morador do bairro Jabour há 42 anos, está pela primeira vez se candidatando à presidência da associação de moradores do bairro e tem um perfil que condiz com a imagem de quem quer representar seu bairro sem pensar em vantagens pessoais. Aposentado e com uma gama de serviços prestados à comunidade local, seu desafio é explicar a ligação do candidato a vice na sua chapa, com o vereador Jorge Felippe.

Também concorrem no pleito o candidato Dario Andrade, que representa a volta ao passado, Tângela Teixeira e Davi Alberto, esses dois últimos, sem vínculos políticos partidários, uma credencial para a continuidade da gestão Max.

Uma boa parte do moradores entrevistados, acredita que se o eleito mantiver a independência e a autonomia da atual gestão, que não está e nunca esteve na relação de empregados de políticos, marca registrada de quase todos os presidentes de associações, o bairro deixa de andar de lado e passa a se desenvolver.

“Um presidente sem cabresto político tem autonomia para cobrar atenção das autoridades públicas do executivo e do legislativo sem medo de perder vantagens pessoais”, opinou Jorge.

O candidato Elias das Plantas parece ter esses diferenciais. O outro diferencial é a prestação de serviços à população local, que faz sem exigir contra-partidas. O cuidado que tem com as plantas que cultiva nas ruas do bairro é um indicador que poderá fazer muito mais como presidente da associação.

Davi Alberto pretende dar alma à associação a partir da convocação dos sócios para atuarem juntos; combater o trampolim político feito por ex-presidentes; peticionar por serviços públicos diretamente ao poder executivo, com os ofícios sendo assinados também pelos moradores.

“Chega de comprar suprimentos e equipamentoa para limpar o bairro. As duas praças, Iguatama e Elias Jabour, e o Largo do Ludgero, terão uma gestão única para a prática do lazer, com as crianças sendo a prioridade”, disse o candidato.

Nossa reportagem não teve tempo para ouvir os candidatos Dario Andrade e Tângela Teixeira, aos quais pedimos desculpas e nos colocamos à disposição.

Muitos moradores esperam que o novo presidente mostre às autoridades públicas competentes e a própria Light S/A, que urge a modernização dos seus equipamentos e instrumentos no bairro, que já não atendem às necessidades e provocam apagões constantes. Esperam ainda, o restabelecimento da ordem pública. Quem visita o bairro a pé ou de carro, fica perdido sem saber em que rua pode entrar e se vai sair, dado ao grande número de ruas gradeadas.

” Tem mais prós do que contras: ando mais para chegar na padaria, o ladrão não se sente à vontade, o bairro é cercado de favelas, nos dá uma falsa sensação de segurança”, opinou Abenezer.

“O uso indevido das calçadas e vias públicas, e a falta de respeito às leis de trânsito indicam a pouca oferta de serviços públicos no bairro, falta a Guarda Municipal para fiscalizar a prática da contra mão e o estacionamento irregular. As ruas gradeadas atrapalham o ir e vir dos moradores e, principalmente do visitantes, que não conhecem o bairro e acabam na favela”, disse Chiquinho.