Dez pessoas são denunciadas pela morte da jovem Jandyra Cruz em clínica de aborto

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta terça-feira (18/11), dez pessoas por envolvimento na morte de Jandyra Magdalena dos Santos Cruz, após a prática de um aborto, em 26/08. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado, sem os dentes e com os membros inferiores e superiores mutilados, para que não fosse identificado.

No documento, encaminhado pela 27ª Promotoria de Investigação Penal à 4ª Vara Criminal da Comarca da Capital, o promotor de Justiça Bruno de Lima Stibich requer a condenação dos denunciados, pelo Tribunal do Júri, em virtude da realização dos crimes de homicídio duplamente qualificado (art 121, § 2º, incisos I e IV, do CP – mediante paga recompensa e através de recurso que tornou impossível a defesa da vítima), fraude processual (art 347, do CP – mutilação do corpo da vítima para que não fosse identificada), destruição e ocultação de cadáver (art 211, do CP – o corpo da vítima foi queimado e seus membros superiores, inferiores e dentes não foram localizados), formação de quadrilha (art 288, do CP) e provocar aborto com o consentimento da gestante (outros 2 abortos foram realizados na clínica clandestina no dia 26 de agosto).

Os denunciados são: Carlos Augusto Graça de Oliveira, Rosemere Aparecida Ferreira, Keilla Leal da Silva, Vanuza Vais Baldacine, Carlos Antônio de Oliveira Júnior, Mônica Gomes Teixeira, Marcelo Eduardo de Medeiros, Agda Pereira Iório, Jorge dos Santos Pires e Luciano Luís Gouvêa Pacheco. Caso condenados, poderão pegar pena de reclusão de até 48 anos.

Outras duas pessoas foram denunciadas por terem realizado aborto com suas respectivas autorizações, no mesmo dia 26 de agosto de 2014: Andréa Cordeiro da Costa e Ranieri Martins Medeiros. 

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