Bangu: MPRJ denuncia cinco suspeitos de formar organização criminosa para furtar energia da Light

Bangu: MPRJ denuncia cinco suspeitos de formar organização criminosa para furtar energia da Light
Publicado em 10/10/2017 11:12 – Atualizado em 10/10/2017 11:12
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 21ª Promotoria de Investigação Penal, denunciou cinco pessoas, entre eles funcionários, ex-funcionários, e prestadores de serviço da companhia energética Light por organização criminosa. Segundo a denúncia, o grupo atuava em conjunto para fraudar medidores e assim furtar energia da empresa. Em cumprimento de mandados de busca e apreensão requeridos pelo MPRJ, agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), na última segunda-feira (02/10), encontraram ligações clandestinas de energia em restaurantes e casas da Zona Oeste do Rio. Na ação, dois dos denunciados, Antoniel Silva Gomes e Valdir Pereira Júnior, foram presos.  
 
A atuação da organização criminosa foi investigada pela DDSD, e contou com a interceptação autorizada pela Justiça de ligações telefônicas. As investigações mostraram que a denunciada Terezinha Glória da Aparecida Vieira era responsável pela “captação dos clientes”. Para isso, ela parava seu carro, que servia de escritório, na porta da agência da companhia elétrica na Rua Doze de Fevereiro, em Bangu. Ali, ela oferecia o serviço do grupo, que consistia em adulterar medidores e instalá-los adulterados nas residências, para burlar a contagem de energia da Light e baratear a fatura a ser paga à empresa.
 
De acordo com a denúncia, uma vez acertado o acordo com o “contratante” da fraude, os denunciados Ocimar Batista Rita e Waldir Reginaldo Pereira Junior faziam a instalação dos medidores, já adulterados, nas residências. Para isso, eles utilizavam veículos caracterizados com adesivos da Light, além de material furtado, como cabos e o próprio medidor. 
 
Waldir, que é funcionário de uma empresa prestadora de serviços para a Light, também foi flagrado em comunicação interceptada nas investigações negociando com um possível funcionário da concessionária de energia, identificado apenas como “Coroa”, o desvio de cabos do almoxarifado.
 
Segundo o MPRJ, a adulteração dos medidores era um serviço de extrema especialização, praticado pelo denunciado Antoniel Alexandre Silva Gomes. De acordo com a denúncia, ele seria o único em todo Estado do Rio de Janeiro que realiza fraudes em medidores da marca Landis Gyr. A modificação do equipamento incluía até a compatibilização com um controle remoto, que acionava ou desligava a medição de energia.
 
Ainda de acordo com as investigações, o denunciado Roberto Nunes de Barbosa tinha como função na organização criminosa evitar a descoberta das fraudes. Para isso, ele negociava com fiscais da empresa que porventura identificassem a adulteração dos medidores, fazendo com que eles não aplicassem o “Termo de ocorrência e inspeção”, impedindo assim a aplicação de multa ao usuário do serviço irregular. 
 
Terezinha Glória da Aparecida Vieira, Ocimar Batista Rita, Waldir Reginaldo Pereira Junior, Antoniel Alexandre Silva Gomes e Roberto Nunes de Barbosa foram denunciados de acordo com a Lei Federal 12.850/13.

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