Alunos da 8ª CRE Bangu treinam atletismo de olho nos Jogos 2024

Jovens estudantes, com idades entre 12 e 17 anos, iniciaram há duas semanas a prática de atletismo, em diferentes provas da modalidade, no Centro de Treinamento da Universidade da Força Aérea (Unifa), no Campo dos Afonsos. O local foi casa do Time Brasil nos Jogos Rio 2016 e é equipado com material utilizado nas Olimpíadas. A expectativa é que dali saia uma geração de atletas para competir nos Jogos Olímpicos de 2024, circuitos e campeonatos mundiais.

A sede dos Jogos que vai suceder Tóquio (Japão) em 2024 ainda não foi definida, mas para Gabriel Apolinário Ferreira, 15 anos e aluno da Escola Municipal Gil Vicente, em Realengo, a janela para conquistar seu caminho foi aberta:

– Eu pensava que o melhor para meu futuro seria o futebol. Aí pintou a oportunidade, passei nos testes. Quero ser atleta. Tenho que chegar no topo.

Os 20 estudantes selecionados emergiram de uma peneira de testes pela qual passaram 2.122 candidatos, todos alunos de escolas da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), que abrange os bairros de Guadalupe, Bangu, Deodoro, Vila Militar, Padre Miguel, Sulacap, Vila Kennedy, Jardim Sulacap, Santíssimo, Magalhães Bastos, Realengo, e Senador Camará. Com unidades situadas próximas ao centro de treinamento da Unifa, a CRE foi escolhida para participar do projeto justamente pela facilidade de locomoção dos alunos às instalações esportivas.

A curta distância da escola e de casa é um incentivo a mais para Ana Beatriz Vieira Caetano, 15 anos e aluna da Escola Municipal Dalva de Oliveira, em Bangu, não faltar aos treinos realizados três vezes por semana.

– Sempre quis fazer esportes e quero aprender tudo, melhorar sempre. Via competições na TV e me inspirei no Bolt (Usain) para vencer nos testes – disse a futura atleta, moradora de Jardim Novo Realengo.

De acordo com a representante da Gerência de Educação da 8ª CRE, Diala Azevedo de Oliveira, os alunos participantes do projeto estão sendo acompanhados não apenas em seu desempenho esportivo, mas também em frequência e desempenho nas escolas:

– Queremos ver de que forma o esporte pode impactar na vida desses alunos, nas salas de aula, nas famílias.

E, ao que tudo indica, a experiência já está rendendo, ao menos nas notas. Eduarda Costa Lopes Vaz de Oliveira, a Dudinha, 13 anos e aluna da Escola Municipal Nicaraguá, em Realengo, falou sobre o seu progresso:

– Melhorei nas notas. Ser atleta ajuda em tudo, Na disciplina, na disposição, na alegria, na vontade de ajudar o outro.

A primeira etapa de treinamentos vai durar seis meses, voltada para a descoberta de aptidões dos jovens para as diferentes provas do atletismo. Depois, seguem por mais 18 meses e mais dias semanais de treinamento. O projeto, que conta com equipe de 14 pessoas, conta com psicólogo e nutricionista.

Coordenador do Centro de Treinamento, Edgar Oliveira explicou que o projeto também visa envolver as famílias dos futuros atletas:

– O COB quer investir em novos talentos, e a melhor base para isso é a escola pública. A visão do COB é o futuro. É preciso trabalhar com as crianças, com as famílias.

Quem vê o brilho nos olhos da molecada, dos professores e demais envolvidos no projeto durante os treinos tem a certeza de que o sonho de formar uma geração de atletas de alto de rendimento já foi lançado a distância, no caso o ano de 2024. Agora, é torcer!

 

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