Ternium incentiva educação em Santa Cruz

A Ternium instalada no Distrito Industrial de Santa Cruz, reforça o compromisso com a educação por meio da concessão de bolsas de estudo para estudantes do ensino médio, técnico e superior que se destacaram pelo bom desempenho escolar. A iniciativa faz parte do programa Roberto Rocca e têm como objetivo incentivar a continuidade dos estudos e reconhecer o esforço e a dedicação dos alunos.

A Ternium premiou 288 estudantes da Zona Oeste da cidade e do município de Itaguaí, sendo 250 do ensino médio, com bolsas no valor de R$ 2,7 mil, e 38 universitários, que receberam R$ 9 mil. Esta foi a sétima edição do programa, que foi criado em 2019 e já beneficiou mais de 1.400 alunos com mais de R$ 4,4 milhões em bolsas. A seleção considera notas, frequência e uma avaliação aplicada pela empresa.

A iniciativa reflete a atuação social da companhia, com foco no desenvolvimento educacional e na formação de jovens talentos. Para a Diretora Institucional e de Relações com a Comunidade da Ternium, Fernanda Candeias, o prêmio é um reconhecimento e um estímulo para que os jovens sigam investindo na educação. “Estamos reconhecendo a excelência, o mérito de vocês, que acreditam que a educação transforma. E ninguém está aqui à toa, tem muito mérito em cada aluno que se dedicou, em cada responsável, professor e diretor de escola que está aqui e incentiva a educação“.

Morde e Assopra

Responsável por mais da metade das emissões de gases de efeito estufa do Rio de Janeiro, a Ternium tem dificuldades para concluir os sucessivos processos de renovação da sua licença de operação no Distrito Industrial de Santa Cruz. Os pedidos apresentados ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) ignoram as denúncias de agressões ao meio ambiente apresentadas há quase uma década pelos moradores.

O Inea vem registrando inconformidades por parte da siderúrgica. São constatadas a contaminação de águas pluviais nas canaletas de drenagem e o lançamento irregular de efluentes.

Sem mecanismos que permitam a participação da população na discussão do problema, a Ternium tem construído uma narrativa diferente da realidade vivenciada pela população local que convive com o despejo irregular de efluentes líquidos nos rios e com doenças respiratórias resultantes da emissão de partículas tóxicas e gases nocivos.

De forma recorrente, a população local denuncia o aumento da emissão de poluentes, sobretudo durante a madrugada, onde a possibilidade de fiscalização é reduzida. 

Além de relatos sobre o aumento dos problemas respiratórios e de casos de câncer e infecções, a emissão de materiais poluentes pode ser vista no céu e nas casas, através de partículas escuras que alcançam as plantações dos quintais, as roupas e os corpos dos moradores.

“Eles falam que tá tudo bem, tá tudo certo, que dá pra respirar. Mas se está atingindo as frutas, imagine a gente”, falou a moradora habituada com o aparecimento de Manchas escuras nas frutas e nas roupas causadas pelo pó preto da poluição industrial. 

Cumprir a lei virou benevolência

A Ternium reconhece que causa a contaminação dos rios e é incompetente ao gerir seu sistema de lavagem dos gases do alto-forno e usar equipamentos incapazes de produzir os resultados esperados. Através de campanhas publicitárias, promete soluções e tenta afirmar que seus investimentos são espontâneos, voluntários, um favor e não uma obrigação. Essa narrativa fica explicitada nos programas que executa junto aos moradores, como aulas de balé, corrida de atletismo, doações e com fundação da Escola Técnica Roberto Rocca, parte da sua política de responsabilidade socioambiental.

Cabe ao morador avaliar se vale o alto custo que paga com sua saúde e bem estar.

Por Jessé Cardoso

Por Jessé Cardoso

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