Hora de Corrigir

Hora de corrigir

Estamos na idade da reflexão, do balanço, das notas explicativas e do aconselhamento.

O resultado não foi bom, e por não termos m
ais forças para executarmos na velocidade necessária, devemos discursar para os mais jovens sobre o que fazer para manter e aumentar seus/nossos valores.
Valores não são dinheiro; um trabalhador que ganhe um salário digno pode pagar sua educação e da sua prole, pode se alimentar bem, vestir, morar e se divertir sem precisar se comparar com doutores e técnicos. Pode acreditar e lutar – no/pelo – que pensa.
–  Isso são valores.
Contudo, para isso, temos que ensina-los  a lutar, não temer os detentores do poder, doentes mentais, ditadores, invejosos, marginais mentirosos. Denuncia- los sem medo, tratá-los como uma grande ameaça. Dizer aos jovens que só assim conseguirão ir ao trabalho, aos Parques Naturais, às escolas, aos seus condomínios residenciais, com dignidade.
Ensinar-lhes a dizer não às migalhas que possam receber em troca de privilégios pessoais limitados, sem garantia de continuidade, que não podem ser estendidos aos nossos familiares e amigos, em troca da manutenção do poder nas mãos dos homens do mau, esses que nos dirigem há quase um século.
Essa é a única forma de compensarmos nossa omissão, ensinando aos mais jovens que só com muita luta, justiça, honestidade, respeito ao próximo, coragem e determinação, conseguirão garantir o seu bem estar e das futuras gerações.

Quanto vale uma assistência social habitacional centenária que distribui 700 apartamentos mobiliados a uma comunidade que tem 70.000 moradores carentes?

Para que servem escolas bem construídas e equipadas se o estudante não pode ser reprovado por força de lei e o professor ensina ideologias?

Para que serve consultas médicas sem exames e garantias de tratamento em tempo hábil?

Para que servem os restaurantes populares públicos se só oferecem o almoço e fecha aos sábados e domingos?

Isso é o que nos ofereceram nesse meio século…